A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo,
nunca é trágica.
Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo.
A bunda basta-se.
Existe algo mais?
Talvez os seios.
Ora – murmura a bunda – esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.
A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio.
Anda por sina cadência mimosa,
no milagrede ser duas em uma, plenamente.
A bunda se diverte
por conta própria.
E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem.
Ondas batendonuma praia infinita.
Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar.
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda,rebunda.
(sr. drummond)
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