segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A bunda que engraçada



A bunda, que engraçada.


Está sempre sorrindo,


nunca é trágica.


Não lhe importa o que vai


pela frente do corpo.


A bunda basta-se.



Existe algo mais?


Talvez os seios.


Ora – murmura a bunda – esses garotos


ainda lhes falta muito que estudar.



A bunda são duas luas gêmeas


em rotundo meneio.


Anda por sina cadência mimosa,


no milagrede ser duas em uma, plenamente.



A bunda se diverte


por conta própria.


E ama.



Na cama agita-se. Montanhas


avolumam-se, descem.


Ondas batendonuma praia infinita.



Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz


na carícia de ser e balançar.


Esferas harmoniosas sobre o caos.


A bunda é a bunda,rebunda.

(sr. drummond)

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